quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Na Cura da Obsessão

Reconhecer no obsidiado seja ele quem for, uma familiar doente a quem se deve o máximo de consideração e assistência. 

Equilibrar a palavra socorredora, dosando consolo e esclarecimento, brandura e energia. 

Não desconsiderar as necessidades do corpo ante os desbaratados da alma, conjugando os recursos da medicação e do passe, da higiene e da prece. 

Incluir o trabalho por agente curativo, de acordo com as possibilidades e forças do paciente. 

Abolir as sugestões de medo no trato com o obsesso, evitando encorajar ou consolidar o assalto de entidades menos felizes. 

Tratar os Espíritos perturbados que, porventura, se comuniquem no ambiente enfermo, não á conta de verdugos e sim na categoria de irmãos credores de assistência e piedade. 

Impedir comentários em torno da conversação desequilibrada ou deprimente dos desencarnados infelizes. 

Policiar modos e frases que exteriorize, convencendo-se de que o obsidiado, não raro, representa, só por si, toda uma falange de inteligências necessitadas de reconforte e direção, conquanto invisíveis aos olhos comuns. 

Evitar suscetibilidades perante supostas ofensas no clima familiar do obsidiado, entendendo que uma obsessão instalada em determinado ambiente assemelha-se, às vezes, a um quisto no corpo, deitando raízes em direções variadas. 

Compreender ao invés de emocionar-se. 

Abster-se de tabus e rituais, cujos efeitos nocivos permanecerão na mente do obsidiado depois da própria cura. 

Solicitar a cooperação de amigos esclarecidos que possam prestar auxílios ao doente. 

Controlar-se. Desinteressar-se com os sucessos da cura, tendo em mente que lhes cabe fazer o bem com discrição e humildade. 

Ensinar, mas igualmente exercer a caridade, observando que em muitos casos, o obsidiado e os que lhe compõem a equipe doméstica são pessoas necessitadas até mesmo de alimento comum. 

Suprimir quanto possível, os elementos que recordem tristeza ou desânimo, aflição ou tensão no trabalho que realiza. 
  
Não atribuir a si os resultados encorajadores do tratamento, menosprezando a ação oculta e providencial dos Bons Espíritos. 

Educar o obsidiado nos princípios espíritas, encaminhando-o a um templo doutrinário em que possa assimilar as lições lógicas e simples do Espiritismo. 

Socorrer sem exigir. 

Amparar o companheiro necessitado, sem propósitos de censura, ainda mesmo que surjam motivos aparentes que o induzam a isso, recordando que Jesus-Cristo, o iniciador da desobsessão sobre a Terra curava os obsidiados sem ferir ou condenar a nenhum.  

Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz
Psicografia: Chico Xavier e Waldo Vieira 

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