Vivemos em meio a ruídos, e imaginar o silêncio é, num primeiro momento, um exercício muito difícil.
Mas será esse silêncio apenas a ausência de ruídos externos? Bem se estivermos falando de ruídos externos é muito simples, basta adquirimos um protetor auricular e assim não ouviremos mais nada.
Mas o silêncio a que nos referimos é o silêncio interior, o silêncio da alma. Silêncio que propicie o encontro com o Eu Crístico. Que é o eu mais profundo, presente Divino que cada criatura carrega dentro de si.
Podemos ainda dizer, que é chama da verdade onde todas as Leis Divinas se fazem presente. É o bem mais precioso que possuímos, pois dele virá à luz que será nosso farol durante toda nossa jornada.
Imaginemos esse Eu Crístico como um diamante bruto. Assim para termos acesso a beleza desse diamante temos primeiramente que tê-lo em mãos através do processo de extração (garimpagem) e depois lapidá-lo lentamente.
Na busca por diamantes os garimpeiros devem se recolher em grutas, cavernas, onde enfrentarão muitos obstáculos como: escuridão, alagamentos, sujeiras, mofos e passagens extremamente estreitas, tornando essa jornada solitária e silenciosa.
Assim quando se fala em silenciar a alma para poder alcançar o Eu Crístico podemos usar a analogia da extração do diamante.
Primeiramente devemos nos isolar, mas não somente no sentido de ficarmos longe de pessoas, mas principalmente nos desligarmos de afazeres, de preocupações e das obrigações dos vários papéis que desempenhamos na vida diária. Adentramos em nossa caverna, ou gruta interior.
Escolher um momento oportuno, onde consigamos estar a sós conosco. Pode ser ao despertar, antes de iniciar os afazeres do dia, ou ainda após o almoço durante os minutos de sesta. Ou antes, de dormirmos quando repassamos todas as atividades do dia que findou e programamos as do dia subsequente. Ou ainda como alguns preferem, no momento em que tomam banho, aproveitando a água que vai lavando e levando o suor e os detritos do corpo, imaginando que essa mesma água lave nosso interior, limpando nossos pensamentos, levando as formas pensamentos e sentimentos que não nos servem mais. Através dessa limpeza interior vamos tomando mais contato e conhecendo um pouco mais do nosso eu.
Vejam que o local e o horário não importam. Quem comanda o silenciar é a nossa vontade de nos encontrarmos conosco. Tudo depende, portanto somente de nós.
Alerto que esse encontro não será fácil. Haverá trechos alegres, coloridos, perfumados, iluminados, mas, existirão tantos outros escuros, escorregadios, sujos, com odores fortes, com passagens estreitas e pequenas que poderão nos causar medo, assim como nas cavernas e grutas de mineração. Não se intimidem meus amigos, lembrem-se da esplendorosa beleza do diamante lapidado.
Neste silenciar a alma, jamais se esqueçam da prece sincera, que os coloca em sintonia com os espíritos benfeitores que os auxiliarão no caminho. Estejam munidos dos instrumentos indispensáveis como: o Amor, a paciência, a humildade e a perseverança. Livrem-se de peso extra o preconceito, o orgulho, o imediatismo, o perfeccionismo, pois esses são barulhos que atrapalham o silêncio interior.
Utilizem-se das palavras do mestre Jesus para iluminar os passos silenciosos na caminhada por entre as sombras.
Meus queridos amigos, o silêncio da alma se conquista lentamente. Prece, estudo perseverante e de muita vontade de encontrar o diamante (Eu Crístico) facilitarão a jornada. Estejam certos que essa jornada vale a pena.
Que Maria os auxiliem no silenciar a alma.
GRUPO DE ESTUDOS MEDIÚNICOS MARIA DE NAZARÉ
24/02/14
Médium: Lúcia
Espírito: Irmão Matheus (Colônia Espiritual Maria de Nazaré)
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